SÃO
LUÍS – Ocorre, até o próximo domingo, 25, no Centro Pedagógico Paulo Freire, o
II Encontro dos Estudantes Africanos e o II Seminário África-Brasil. O evento é
promovido pelos jovens oriundos de Guiné-Bissau, Angola, Nigéria, Congo, Benin,
Moçambique, Cabo Verde e Guiné Conacri, que são participantes do Programa de
Estudantes Convênio de Graduação (PECG) da Universidade Federal do Maranhão.
Segundo
o coordenador do evento, Anso da Silva, o II Encontro e o II Seminário, tem por
objetivo discutir questões que vão desde os estereótipos até os debates mais
profundo sobre a contemporaneidade com ênfase na presença africana no Brasil. O
seminário faz uma alusão ao dia 25 de maio, em que é comemorado os 51 anos de
criação da Organização de Unidade Africana (OUA), uma carta assinada por 32
estados africanos já independentes, e que teve o objetivo de constituir-se no
maior compromisso político dos líderes africanos, a aceleração do fim da
colonização do continente. “Como estamos no Brasil, na condição de acadêmicos,
nos reunimos todo ano, a fim de realizarmos um evento que faça uma conexão
entre a África e o Brasil a fim de darmos mais sentido às nossas causas e lutas
de forma que não fique somente a África abraçada a esta causa. O encontro vem
se firmando através da nossa cultura e identidade no intuito de mudar algumas
concepções da sociedade brasileira”, explicou.
A
presença de estudantes africanos na Universidade Federal do Maranhão vem
fomentando desde o ano passado uma discussão pertinente sobre o próprio
continente e sua relação com o Brasil. De acordo com Anso, mestrando em
Políticas Públicas na UFMA, na academia encontramos algumas questões que precisamos
explanar a fim de incluir a África nas discussões do dia a dia, estando
presento na sociedade e tirar a impressão errônea de que a África está muito
longe do Brasil, e sim que a sociedade brasileira está muito longe da África.
"É preciso tirar essa concepção que
as pessoas têm dos países africanos. Na África não é só fome e miséria, tem
muitas maravilhas, alegrias e gente de grande capacidade intelectual”,
desabafou.
Ele
afirma também que o evento é um dos motivos da relação entre o povo brasileiro
e africanos que está estendido devido à história que une os dois povos e,
juntos, abraçados a uma só causa, a conexão da cultura brasileira e africana.
“O evento não acontece só no Brasil, precisamos mostrar que não estamos aqui só
para estudar, queremos mostrar nossa cultura e tirar a ideia negativa que
muitos têm a cerca do nosso Continente”, frisou.
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